Fanfarra do Paulo VI encerrou as atividades por falta de apoio

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Fundada oficialmente em 2002, a Fanfarra de Inclusão Musical Paulo VI é uma das mais conhecidas bandas marciais do Vale do São Francisco. Atualmente com cerca de 70 componentes, o grupo já se apresentou em mais de 50 cidades baianas, sustenta centenas de títulos e troféus em campeonatos, e é uma das atrações mais aguardadas nos tradicionais desfiles cívicos de 7 de Setembro e do aniversário da cidade.

Entretanto, desde 2016, quando deixou de ser subordinada à administração do Escola Municipal Paulo VI e passou a ser responsabilidade do município, a fanfarra vem enfrentando problemas no que diz respeito a falta de apoio da gestão municipal, através do repasse de verba, para participação em campeonatos, aquisição de figurinos, adereços e manutenção de instrumentos, é o que diz Elias Fonseca, componente do grupo há 14 anos.

“Em 2017 pedimos recurso para participar da final do Campeonato Baiano de Fanfarras e Bandas e na época alegaram que estava sem recurso. Após muita pressão da gente, liberaram os ônibus. Inclusive, ganhamos todos os prêmios das categorias que estávamos concorrendo”, disse.

Já em 2018, quando o grupo retornou as atividades para iniciar a temporada dos ensaios, foram surpreendidos com a negação de verba da gestão. “Precisávamos comprar dois equipamentos para subir de nível. Alegaram que estavam sem recurso e pediram para a gente esperar. Nessa época, falaram que a fanfarra poderia continuar, mas as atividades, mas sem participar de campeonatos, se apresentando somente nos eventos oficiais da prefeitura no município. Após um tempo, nos recusamos a manter esse acordo, e então eles decidiram acabar com a fanfarra”, contou.

Com isso, todo o material da fanfarra foi devolvido para Secretaria de Educação (SEDUC) do Município. A chave da sala com o material e os troféus da banda também devolvida. Na época, segundo o grupo, a secretaria informou que a Fanfarra Paulo VI voltaria a ser integrada somente por alunos da escola municipal.

Outra justificativa da prefeitura, conforme Elias, é que o município possui cerca de outras 11 fanfarras, e que a verba não pode ser concentrada apenas para um grupo. O argumento foi questionado pelo fanfarrista. “Não existem essas 11 fanfarras. É tanto que no aniversário deste ano, as fanfarras que participaram do evento, eram de fora. A maioria de Petrolina, Lagoa Grande, Curaçá, Casa Nova, Sobradinho. A única representante da cidade era uma orquestra independente”, disse Elias.

Em uma postagem na rede social, o grupo lamentou a situação e o desrespeito com a banda marcial. “Onde estão as autoridades dessa cidade que não estão vendo uma coisa dessa, ou estão fingindo que não estão vendo? Isso por estarem alienadas a esse sistema corrupto que se instalou na nossa cidade. Não é só a fanfarra Paulo VI que está nessa situação, vários seguimentos culturais, inclusive os meninos do teatro. A cultura de Juazeiro hoje se resume apenas em São João nos bairros e um Carnaval falido”, diz o texto.

A denúncia está sendo encaminhada para a SEDUC.

Fonte – Site http://pretonobranco.org/

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